domingo, 5 de dezembro de 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

memorando !


Havia um garoto que era apaixonado por livros... por toda a vida dele, vivia lendo todos...
Havia os de ação, ficção, os nostálgicos, os dramáticos, suspeense...
Livros curtos, livros longos, aqueles portáteis, os maiores...
Até que um dia, ele achou um livro dourado, daqueles que você quase nunca encontra na vida
Após ler o livro, ele amadureceu, tornou-se mais inteligente, aprendeu o que realmente era a vida...
O tal, tornou suas idéias em fórmulas, capazes de clarear todos os seus problemas..
Passou 3 meses da sua vida lendo aquele belo e contagiante livro...
Porém, quando ele terminou sua leitura
Abriu-se um vácuo no seu coração, onde se arrependeu pelo resto de sua vida de tê-lo lido.. pobre garoto
A angústia, o arrependimento, a tristeza dominavam sua alma.
A angústiva lhe afinetava, como agulhas no coração
O arrependimento, parecia infiltrar-se como uma bala, que atravessava o límpido ar e agredia o seu sangue
A tristeza, a cada dia, criava e tornava-se o seu caixão, seu abismo, seu sofrer...
Apesar de tudo, jurou a sí mesmo que nunca iria ler um livro igual.
Jurou continuar com seus costumes, com seus simples livros de tradição e clichê.
Após alguns meses, encontrou outro livro dourado
Esse mais fino, novamente agradável, parecia ter sido lido por grandes leitores, e apreciadores
Seu valor, era incalculável... fato que incomodava muito.
Tinha seus mesmo aspectos, trouxe utopicamente sua alegria de volta.
Seu brilho, sua alegria de viver, sua pernas, seus ossos, seu sangue límpido
Tudo parecia voltar aos costumes.
Mas, como dito, seu valor era incalculável...
Leitores internacionais, e donos, levaram seu livro dourado.
pobre garoto...
Novamente um simples livro, o abandonara.
Por momento, o garoto concluiu...
Na vida, sempre teremos aqueles livros, os monótonos.
Aqueles que você lê e gostar ou não gostar, é indiferente
É indolor, é incolor, não afeta, nem desafeta, não apega nem desapega...
É somente uma leitura, uma simples leitura.
E há aqueles, que você se encantará, vai ter a vontade de aprofundar-se, de pertencer áquela história
De viver os personagens, de decorar cada cena e atuar para sí próprio, onde o coração, determina seu compasso, seus passos.
De novo, após meses... O garoto encontra um outro livro
Esse, diferente...
Uma cor fora do padrão, não sabe se é roxo, se é rosa, se é dourado, se é bronze...
Suas letras, difíceis de entender, hieróglifo, japônes, russo, chinês...
Sua capa, é um sorriso. Tão encantador, tão brilhante, tão aconchegante, contagiante...
Só de olhá-lo, ele próprio sorria para sí mesmo, sem nem se importar com o que existe dentro.
De fato, aquele menino, que tanto entendia de livros, achara uma raridade...
Seu prefácio, seu tecido, é tudo muito diferente.
Sentia ele, uma alegria nunca vista por sí próprio antes.
É um livro que vale a pena, vale a pena o estudo, vale a pena o conhecer
Não se sabe o final, o meio, o clímax...
O que se sabe, é que seu início, cativa seu sangue e seu coração contínuamente.
O meio e o final, é conta do destino.

[André Azevedo]


-

Eu sempre fui de escrever e não de ser escrita!
Até que eu fico bem em estórias =)




- CamilaLemos .
 
 
 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

estranhamente singular,

E cada um tinha partes de seu cheiro.
O mecânico da esquina tinha seus lençóis ainda quentes, toda sua luxúria de mulher;
O futuro senhor tinha sua ambição, só ambição entendeu?
Ha, o fazedor de peões tinha a sua alma, tinha paixão, tinha seu corpo noite ou dia, embora preferissem as madrugadas sem culpa.
O traçador tinha seus sonhos amargos de mulher que ela escondia sob o travesseiro, sob outros mandamentos.
O marquês, porém, tinha a infelicidade de acreditar em seur bordões, em suas suposições.
Os soldadinhos corriam a sua volta à espera de uma migalha de suor.

Todos a escodiam em seus porta malas, baús, quartos, criados mudos, não importa... ela era suas salvações de homem e suas perdições amorosas, duplipensantemente pensando.


- CamilaLemos .



O que será que você me traz por debaixo de suas mangas?

domingo, 21 de novembro de 2010

meu bem,



Vem, meu bem, olha pela minha janela, vê aquelas rosas azuis aveludadas logo ali? E aqueles girassóis nascendo? Ah, você necessita ver o desabrochar das damas da noite. Meu bem, você precisa estar aqui quando aquela gloriosa flor de mandacaru se abrir. Ela desabrocha somente por uma noite e na manhã seguinte se apaga. É nessa noite, meu bem, que eu te quero bem aqui... ao pé da minha cama, debruçado por sobre essa janela, naquele seu jeans surrado de preferência. Seus braços em volta da minha cintura.
Depois, meu bem, nós contaremos as entrelas. Eu te mostrarei as constelações, se dermos sorte então, posso te mostrar vênus, ah é tão bonito.
Meu bem, eu bem sei que você já chegou, que está a minha porta no andar de baixo. Mas eu te peço, meu bem, não entre agora não, me deixe tomar um banho, me vestir naquele vestido azul que você tanto gosta, por a comida na mesa. Meu bem, você pode esperar de pé, não demorarei; enquanto isso você pode rever aquelas fórmulas matemáticas que você tanto gosta ou talvez apreciar a lua que hoje está tão cheia.
Meu bem, logo logo serei sua de muito bom grado.


- CamilaLemos .

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

levando a mão ao coração, suspirando.



todo mundo anda meio bobo, meio machucado, meio grávido. pouco feliz, atarefado, a procura de namorado. meio sonâmbulo, meio chato, faltando cabelos.
tudo mundo anda meio criminoso, meio descarado, muito cansado.

agora você pergunta como eu ando, e eu respondo.
ando com os olhos meio abertos, músicas nos ouvidos, números nas mãos. ando analisando, com uma feia mania de xingar, de sorrir. ando serena, meio exausta e um tanto desaforada. ando feliz sabe, com os pés doloridos e neurônios começando a falhar. ando de canto em canto, de encando em encanto, ando bem.




- CamilaLemos .

sábado, 23 de outubro de 2010


“Não tenho tido muito tempo ultimamente mas penso tanto em você que na hora de dormirvezenquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos”

- Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

roubando os sentidos.


Ele a aninhou em seus braços no sofá pequeno. Estava de costas para a tv ligada no canto da sala. O cabelo loiro dela jogado por cima do seu ombro. A mão de unhas vermelhas repousada em seu rosto, quente.
- Eu te adoro, porra. - disse ele beijando-lhe a testa.
- Eu também, carai. - disse ela beijando-lhe a boca.

As palavras que antes foram despedida, agora prediziam começo.


- CamilaLemos .




a alma chama e eu me jogo de cabeça, feliz.
sempre contadoradehistoriias .

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Reinações.


e faz de mim uma rosa sem pétalas, sem espinhos, sem pudor.
e das minhas mãos e pernas faz calor.
nega, se apega, rasga e implora.
quem dera fosse cheio de manias, de alegrias.
o vento o traz volta, sugando; e depois se vai, voando... voando.


- CamilaLemos .

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

tudo de mim.



Às vezes os meus dias passam tão rápido sabe, tão corriqueiro, tão rotineiro. Quem um dia iria me imaginar em rotina? É, as coisas mudam, evoluem normalmente. Daquela menina que pintou os cabelos de roxo, rosa, vermelho, preto, loiro; daquela menina que costumava passar os dias pendurada ao som de Nirvana e Hole; daquela menina que gritava, falava palavrões; daquela menina que tinha maus hábitos... daquela menina eu ainda tenho muito. Mas tenho muito parte daquela menina que ficava escondida por dentro, aquela meio nerd que não consegue controlar a compulsão por livros; aquela que tem como passatempo quebra-cabeças e dominó; aquela que acorda cedo todos os dias porque está amando o que faz; aquela que está quando alguém precisa; aquela que chora de felicidade; essa também sou eu.
De criança a mulher, tudo de mim.

Feliz dia das Crianças (atrasado)!

























Irremediavelmente Feliz;

- CamilaLemos .

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

us!



O mais bonito foi quando eu descobri que as pernas são minhas, o cheiro é meu e esse coração aqui é SÓ meu.
Não há nenhum dano, sabe. Nenhum arrependimento. Nenhuma perda.
Foi maravilhoso mergulhar, ver corais e cavalos-marinhos; mas a água me parece meio turva agora, sabe. E me desculpe, mas eu tô dando o fora (de novo).
Foi gostoso sonhar ao seu lado de novo, sentir os seus dedos quentes na minha pele sempre fria. Desculpe se dessa vez não houve planos, mas eu sempre disse como isso terminaria. E cá estamos, meu gordo. E pela terceira vez eu amei você, e pela terceira vez você me amou e demos tudo de nós um ao outro. Agora a manhã chegou, realidade, meu caro.

Sabe de uma coisa?
Tô encantada. É, encantada!


- CamilaLemos .


sábado, 2 de outubro de 2010

[a rose without a thorn] Eight . [Part I]



Um senhor idoso em seu terno amarrozado e gratava vermelha listrada de azul, lia em voz alta 'O morro dos ventos uivantes'. Enquanto isso, todos os alunos o acompanhavam em seus próprios livros, Amely, porém estava com os olhos fixados na parede logo acima do quadro-negro, no pequeno relógio de ponteiros longos. Ela batia o pé impaciente por debaixo da cadeira quando, finalmente, a sineta tocou. Jogou tudo que tinha dentro da bolsa e saiu quase que correndo da sala. 
Ela sempre gostara de Literatura Inglesa, mas naquele dia em especial, ela estava inquieta. O encontro com o Cho a noite não tinha nada a ver com sua ansiedade matutina. Ela certamente não ficaria na escola para ver as aulas da tarde. De mochila nas costas e um Carlton entre os dedos ela esperava, agora paciente, por seu motorista. 


A tarde passou-se rapidamente enquanto ela assistia filmes na Tv a cabo do seu quarto. Dormiu um pouco, tomou banho, escolheu um short jeans Keds e uma camiseta branca La Perla, um salto alto azul Christian Loubotin, uma bolsa Louis Vuitton e um coque no cabelo. Sentou-se à mesa e jantou sozinha, como sempre, acompanhada com sua taça de champanhe Piper-Heidsieck Red Label extra-seco. Mal terminara de comer, Cho estava a sua porta com os cabelos pretos ainda molhados.

Amely não sabia onde Cho a levaria, era surpresa. Ela adorava surpresas. Entrou em seu carro, pôs Smashing Pumpkins no Cd player como música de fundo e esperou pacientemente pelo que estava por vir.
Durante o caminhou ela não pôde deixar de perguntar sobre a Marie, não que se importasse, ela não se importava, só queria vê-lo embarassado. Ele deu um sorriso tolo e lhe disse que dessa vez, dessa vez (disse novamente), seria diferente para ambos.

Marie e Amely estudaram juntas desde a quinta série, eram amigas inseparáveis, pode-se dizer. No segundo grau Marie saiu do colégio que sempre estudou com a Amely e começou a frequentar um outro. A mudança se deu por conta do Cho.
Amely e Cho estavam se conhecendo já fazia alguns meses, naquela fase empolgante do pré-namoro. Amely costumava ser doce e de atitudes sóbrias. Marie, apesar de ter a mesma idade, já sabia como fazer para conseguir o que queria.
Não foi nem um pouco fácil tirar o Cho da Amely. Ele gostava dela e Marie tinha que manter a amizade com a Amely para vê-lo com frequência, embora sempre se irritasse quando eles estavam juntos. Marie aprendeu a por a culpa das coisas em Amely, ela sabia seus segredos, seus medos e usou tudo para conseguir o Cho.

Marie já não suportava ser a segunda em tudo. Era sempre Amely pra cá, Amely para lá, sempre a mais linda, a mais gostosa, a mais boazinha, a melhor aluna. Até seus pais a mimavam pelo fato dos pais dela sempre estarem fora. Até sua cachorra Rose parecia gostar mais dela. 
Apartir do momento que Marie se viu apaixonada pelo Cho ela decidiu que agora a Amely perderia para ela, e seria de um jeito bastante doloroso. Aquilo a fazia rir durantes noites.

No dia do aniversário de Amely, Marie convidou Cho a sua casa para que podessem organizar uma festa surpresa. Foi um uma longa manhã de telefonemas para os amigos de turma das gatoras, bolas, salgados e bolo. O tempo todo regado a vinho, que Marie fingia beber enquanto Cho no fim da tarde já estava bêbado. Para reforçar seu plano, ela pôs rophenol em sua bebida. O combinado foi que os amigos levariam a Amely ao cinema e depois à casa da Marie para que na hora que chegassem fosse feita uma festa surpresa.
Uma hora depois, enquanto faltavam minutos para que todos chegassem Marie revia a ordem dos fatos; Cho no sofá da sala completamente desacordado, somente de samba-canção, e ela só de calcinha deitada em seus braços, sem antes deixar de beber uma grande dose de vocka para que o álcool ficava em seu hálito.


Ah, tudo saiu como ela havia planejado. Todos chegando, abrindo a porta e se deparando com um casal semi-nu no sofá. A melhor amiga da aniversariante e seu quase namorado.




Continua.

Por, CamilaLemos .

sábado, 18 de setembro de 2010

[a rose without a thorn] Seven .





O sono a deixara sozinha, abandonada sobre a cama no meio da noite. Livrou-se das cobertas, acendeu o abajur ao lado da sua cama e pisou descalça no chão amadeirado e frio. Andou em círculos pelo quarto, parou de pé diante de um espelho que deixava-a se ver de corpo inteiro. A imagem era a de uma garota de cabelos presos em um coque bem no alto da cabeça, um curtíssimo shot rosa, um blusão de flanela xadrez vermelho de mangas longas, unhas azuis e olhos mais que despertos.
Amely orgulhava-se de não ser como as outras meninas de 17 anos. Ela achava aquelas garotas da escola umas sonsas que só pensavam em manolos da estação, maquiagens e garotos mais velhos empoleirados em suas motos. Apesar disso, ela era a garota mais popular da escola; sempre fora, desde a primeira vez em que pusera seus pés naquele pátio. Todas sonhavam em ser como ela, tão facilmente amável; todos sonhavam tê-la. Em noites como essa, diante do espelho, costuma rir de pensamentos bobos de meninas fúteis

Amely se deu as costas e curvou-se sobre o baú ao pé da sua cama, pegou um Carlton e o acendeu. Foi até a porta da varanda, abriu-a, uma rajada de vento entrou com força fazendo seus cabelos se soltarem do coque e cair por seus ombros. A noite estava fria, seus pelos arrepiaram; o céu negro fazia contraste com pontinhos brancos que brilhavam intensamente. Ela estava concentrada na fumaça que saia da sua boca.

Cho. Fora exatamente ele que a fizera lembrar das colegas de sala. Ela se perguntava se alguma vez teria sido como alguma delas.
Cho. Ela sentia o que estava vindo em sua direção, correndo, galopando contra o vento frio da noite; diversão. Diversão, a única coisa com a qual se importava.
O LG env vibrou em cima de sua penteadeira. Uma mensagem. Um sorriso cínico nasceu no canto do seus lábios. Era a diversão chegando cada vez mais perto.

Sobre sua cama um corpo adormecido mudava de posição. Depois de fitá-lo por alguns segundos, deitou-se novamente ao seu lado e beijou-lhe a boca sonolenta.
- Amo você, King! - disse envolvendo-se em seus braços, fechando os olhos e esperando o sono que agora estava começando a tomar conta do seu corpo.



Continua.



Por, CamilaLemos .


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

'ainda são coincidências'


Coincidências ainda são coincidências mesmo quando acontecem 3 vezes na mesma semana?
Aquela mesma coincidência, sabe, que não acontecia há quase um ano, que eu já nem me lembrava mais como era o gosto da incerteza das noites, que provoca leves chuvas e apagões inesperados. Aquele abraço surpresa por trás quando a gente menos espera, aquelas mãos, aquele esbarro distraido, aquela conversa no corredor enquanto a aula rola lá dentro, aquela voz grossa, o cheiro que fica na roupa e sobretudo o sorriso, aquele bem largo.
Há tanto eu havia esquecido quem era você. Há tanto eu sei o que eu posso ou não posso ter. Há tanto você continua a sorrir e a me abraçar.
O sonho começou com você.

- CamilaLemos .

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

[a rose without a thorn] Six .


Cho estava parado em seu Hyundai preto de vidros fumê, diante do semáforo às quatro horas da tarde. Ele estava voltado da casa da Marie, completamente irritado. Agora era assim que ele ficava todas as vezes em que a via. Ele gostava dela, não havia dúvidas, mas todo aquele drama que a Marie costumava fazer acabava com o encanto dele.

Ele estava de vidros abertos, cabeça recostada no banco e um Carlton na mão. Entre idas e vindas do cigarro à sua boca, seus olhos se depararam com alguém bastante familiar parada na calçada. Ele ficou a olhar, aquelas longas pernas brancas em um shortinho preto, os braços nus contrastando com uma blusinha azul, saltos alto e os longos cabelos loiros voando ao vento.
Era impressionante como a Amely ficava tão linda de azul. Depois de segundos, que pareceram minutos vendo aquela miragem a passos lentos, Cho tocou a buzina, o que fez ela olhar para ele. Amely parou onde estava, no meio da rua, e ficou a olhá-lo sem nenhuma espressão no rosto avermelhado de sol.
No semáforo a luz vermelha deu lugar a luz verde, e os carros começaram a buzinar para ela. Cho fez um sinal com a mão, convidando-a a entrar no seu carro. O barulho a tirou do estado de inespressão, e ela correu até o carro, batendo a porta ao entrar.

Quando ela sentou-se ao seu lado, Cho logo sentiu seu cheiro de Almíscar misturado com um cheiro de shampoo de um cabelo recém lavado. Amely estava ainda mais linda do que há quase um ano atrás. A franja loira caia por sobre seus olhos, ele levantou a mão para afastá-la e deu um beijo em seu rosto como cumprimento. Ele lhe oferece um cigarro, que ela logo aceita e acende com seu isqueiro.

- Senti sua falta. - Disse Cho dando um sorriso.
- Você? Sentindo falta de alguma mulher? Humm... até parece. - Disse Amely cética, olhando para a frente e cruzando as pernas.
Cho sabia que ela tinha razão, isso era algo difícil de acreditar; mas ao vê-la ele percebeu que realmente sentiu a falta dela, nem que fosse um pouco, mas ele sabe que sentiu.
- Como está a Marie?
- Como você está? - Cho retrucou com outra pergunta desafiadoramente, como sempre costumava fazer.
- Bem.
- Soube que você está com o cara da Boate.
- Robert.
E se faz um silêncio incômodo dentro do carro, até que Cho o interrompe.
- Olha, desculpa. Eu sei que eu não fui muito legal com você quando estávamos juntos, mas você sabia desde o começo quem eu era. Como eu era. Eu não tinha a intenção de magoar ninguém, só queria que nos divertíssimos e você sabe que o fizemos, Am. Foi ótimo o tempo que passamos juntos, mas você sabia que não era a única, e você nunca reclamou. Eu senti sua falta, de verdade!
Amely permaneceu em silêncio. Quando Cho a inquisitou com os olhos, ela finalmente falou.
- Eu fico na próxima esquina. - Ainda mantendo os olhos à sua frente.
- Am ... - Cho começou a falar.
- NA ESQUINA, CHO! - Gritou Amely interrompendo-o.
No local falado, Cho parou o carro e destrancou a porta. Amely desceu do carro sem olhar para trás, bateu com força a porta e saiu andando na direção contrária do carro.
Cho estava prestes a ligar o carro novamente, quando, de relance, viu no banco ao seu lado, aquele em que a Amely estivera sentada, um cartão branco com rosas rosas e letras pretas. Era o cartão da Amely com seu telefone. Cho sorriu e olhou pelo retovisor. Lá atrás estava uma garota de shot preto e óculos escuros sorrindo e acenando, antes de virar as costas e ir embora de mãos dandas a um cara de cabelos castanhos-escuros. Certamente aquele era o Robert.

Cho recostou-se no banco e ficou a fitar o pedaço de papel. Pôs-o dentro da carteira e deu partida no carro. Ele sabia que a Amely o deixara ali.



Continua.


Por, - CamilaLemos .


sexta-feira, 27 de agosto de 2010


' Se quer saber, nunca é tarde demais, ou no meu caso, cedo demais, para você ser quem você quer ser.

Não há limite de tempo. Comece quando quiser. Mude ou continue sendo a mesma pessoa. Não há regras para isso.
Pode tirar o máximo proveito ou o minímo. Espero que tire o máximo. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes.
Espero que conheça pessoas com pontos de vista diferentes. Espero que tenha uma vida da qual se orgulhe. E se você descobrir que não tem...espero que tenha força para conseguir começar de novo. '

[o curioso caso de Benjamin Button]


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

[a rose without a thorn] Five .


Ainda permanecia na cabeça de King aquela manhã de quatro dias atrás. Ele não acreditava nessa história que o tempo ameniza as coisas, pra ele a dor só aumentava. O pior de tudo era não entender onde estava o fim daquilo tudo, como chegaram até ali. Certo que ele às vezes a sentia um pouco distante e no útimo mês ela estava sempre ausente. Ele sentia qua havia algo errado, mas ela sempre dizia com aquele seu jeito meigo que estava tudo bem. E de fato estava, quando eles estavam juntos; mas era só se separarem para quê ela tornasse a ficar distante.

King dirigia seu carro pela noite escura, não haviam postes iluminando a rua, somente os faróis do seu Toyota preto. Dos dois lados da estrada só se via capins muito altos, e seu carro parecia ser o único a trafegar por aquela rodovia. Ele permanecia com uma mão no volante e a outra encostada na cabeça e apoiada sobre a janela aberta; sua mente viajava por pensamentos, embalada naquele som marcante do Nirvana.

King de fato não conseguia entender como ela fora tão sua, de corpo e alma, e agora se fora sem uma explicação plausível. Era a Amely que levava café da manhã para ele no quarto, antes que tivessem que sair. Era a Amely que pedia para ele cantar todas as noites para ela dormir, era a Amely que fazia panquecas no jantar, foi a Amely que o fez sorrir quanto ele tirou um 2,0 na prova de Cálculo avançado na escola, era a Amely que sempre aparecia de surpresa e lhe roubava um beijo, era somente com a Amely que ele sentia as mãos tremerem. Ele costumava pentear seus cabelos antes dela ir para a escola, ela sempre pedia um beijo de despedida, ela sempre olhava para trás quando ia embora. Foi no seu ombro que a Amely chorou a noite inteira quando seu cachorro Bob morreu, era na sua mão que ela pegava sempre que sentia medo.
Ele sabia que seu cheiro era o que ela mais gostava; como ela pôde abandoná-lo?

King entrou na cidade que surgia a sua frente, cada vez mais iluminada. Não precisava pensar muito, ele sabia automaticamente como chegar na boate que costumava frenquentar antes de conhecer a Amely. Ela nunca fora do tipo que gostava de boates.
King enfrentou a fila de carros a sua frente, entrou no estacionamento que ficava na parte de baixo da boate, e subia para comtemplar a multidão de pessoas que surgiu a sua frente. Logo King encontrou seus amigos Lucas e Dan. O primeiro era muito alto e de um cabelo muito loiro; seus olhos verdes o deixava ainda mais bonito naquele corpo branco e malhado. O segundo era igualmente bonito, embora tivesse os cabelos pretos caindo por sobre seus olhos, covinhas nas bochechas ao rir e um corpo brozeado.
Os três eram amigos desde a terceira série, eram inseparáveis. Dan e Lucas achavam a Amely incrível, como todos os caras que a conheciam. Eles também não entendiam um fim tão prematuro.

Lá pelas tantas da madrugada, o trio se divertia provando todas as bebidas do bar quando King pousa os olhos em uma garota que acabou de sentar-se no bar. Ela tinha longos cabelos loiros e a pele de uma brancura reconhecível. Definitivamente não era a Amely, porém aquela garota se parecia muito com ela.
King não pensou duas vezes, colocou-se de pé e foi até ela.
- Posso te pagar uma tequila? - King apressou-se em dizer.
Sem olhar para ele, ela lhe responde um sim e descruza as pernas nuas.
- Eu sou Samantha. - Disse-lhe virando o rosto para ele.
- Eu sou o Robert. - e abriu um sorriso para a garota. - Você parece muito com alguém que eu conheço.
- Hum... uma ex-namorada. E provavelmente ela que te deixou pra você estar com esses olhos. - disse dando um sorrisinho sarcástico.
- E você, não tem namorado? - disse esquivando-se da resposta.
- Não sou do tipo de garota que namora. - disse bebendo sua tequila que acabara de chegar.
- Que tipo de garota você é, então? - disse gostando do rumo que a conversa levava.
Antes de responder, ela procura por um cigarro na sua minúscula bolsa preta que combinava com seu curto vestido também preto. Acende o Luke Strike e o encara ainda mais ousada.
- Que tipo de garota eu sou? HAHA... das que não têm medo.
King tomou-a em sua mão e a puxou para o meio da pista. Samantha encostou o seu rosto no dele. King aproximou os dois corpos, que se coloram e passaram a seguir o ritmo lento da música. Ficaram assim por alguns breves minutos, vez por outra seus olhos se encontravam. King não conseguia tirar os olhos da boca de Samantha e toda vez que tentava beijá-la ela recuava, provocando-o. De olhos abertos King podia ver a sua frente aquela a quem tanto amava, apertou mais fortemente sua cintura e parou de movimentar-se, pôs a outra mão por debaixo dos seus cabelos e beijou aquela boca vermelha. Ele beijava a boca da Amely.

Horas mais tarde, os dois conversavam alto e bebiam cerveja no carro entre beijos e amassos. A mão dele na perna dela, a mão dela, com longas unhas vermelhas, na nuca dele a outra portando seu Luke Strike já aceso. King freia de repente o que faz a cerveja de Samantha cair no chão do carro. Com o som cortante de uma ré forçada, King para em frente ao Empire's Hotel. Os dois logo descem do carro assim que chega o manobrista. King pega-a pela mão e na outra conserva a cerveja.
- Suíte presidencial, por favor! - Diz sem prestar o mínimo de atenção no funcionário.
Os dois sobem. Ao entrar no quarto, King logo a puxa para si cravando os dedos em suas costas. Samantha, sem dificuldade nenhuma, rasga quase todos os botões da camisa dele. King a joga na cama e quando ainda está de pé, fica a observar aquele rosto de maquiagem borrada, aquele corpo com o vestido suspenso até o quadril, aqueles cabelos loiros se espalhando pela cama.
- Amely. - Ele pensa ao se deitar em cima daquele corpo cheio de tesão.

King acordou com uma fresta de luz que pairava exatamente sobre seus olhos. Piscou várias vezes tentando entender, em meio àquela dor de cabeça, onde estava. Mas ao ver o corpo nu que se estendia em um sono profundo ao seu lado, pegou as roupas do chão e se vestiu. Tirou todas as notas que tinha dentro da carteira e deixou sobre a cama. Aquilo dava para o Hotel, para um café da manhã, um táxi e ainda sobrava. King entrou no elevador abotoando o único botão que lhe sobrou na camisa, entrou no carro e voltou pela mesma estrada pela qual vinhera, agora claramente iluminada pelo sol das 11 horas.


Continua

Por, CamilaLemos .


terça-feira, 24 de agosto de 2010

[a rose without a thorn] Four .


Amely estava em seu último ano do colégio e embora odiasse todas aquelas aulas idiotas, costumava frequentá-las quase que todos os dias.
De manhã punha sua camisa branca e uma gravata cinza que ia até a altura do umbigo; vestia sua saia igualmente cinza a qual enrolava o coz para que seu tamanha atingisse um palmo acima dos joelhos; calçava suas meias 3/4 de um branco impecável e por cima um sapato preto devidamente engrachado no dia anterior pela empregada. Sentava-se de frente ao espelho da penteadeira de madeira branca que fica bem ao lado de sua cama, e como toque final depois de uma maquiagem leve e os lábios sóbrios, punha uma fita, igualmente cinza, segurando seus longos cabelos loiros e escováva-os até que estivessem perfeitamente simétricos.

Se alguém pudesse vê-la da porta de seu quarto veria uma garota ainda com cara de menina, enfentando-se naquele quarto também de menina com suas paredes nos tons de rosa e branco. A mobília ainda era a mesma de quando tinha 14 anos, suas bonecas ainda repousavam contra a janela e sua cama mais parecia de uma princesa de conto de fadas. Porém o que continha naquele guarda-roupas já não eram mais roupas de menina, seus sapatos eram quase todos de um salto muito alto, suas bolsas de grife também já não eram mais de menina.

Levantou-se e dirigiu-se até uma tábua solta do assoalho, bateu de um lado da madeira e por sua vez o outro lado se levantou, deixando ver um buraco no chão. De dentro ela tirou um saquinho branco, o qual espalhou sobre um espelho de mão; com a ajuda do cartão de crédito, que sua mãe lhe havia dado quando fizera 12 anos, fez três filas perfeitas de um pó branco que logo logo desapareceu por dentro de seu nariz. Pegou um dos saquinhos e pôs dentro da bolsa, os outros guardou de volta dentro do fundo falso. Foi até o baú que ficava aos pés de sua cama, abriu-o e de dentro tirou uma garrafa de wisky, a qual tomou três ou quatro goles antes de guardar de volta.
Amely sabia que não precisava esconder nada daquele quarto, ninguém entrava nele; era somente seu, o seu mundo de menina. Seus olhos deram de cara com o relógio, o que a fez correr quarto afora, batendo a porta antes de sair. Correu pelo longo corredor que se seguia, tudo era muito branco, de um teto muito alto e quadros enormes nas paredes. Vez ou outra se deparava com bustos de mármore pelo caminho. Desceu as escadas largas na qual se destacava o tapete vermelho que não chegava até as extremidades. Não escutou quando a empregada falou com ela, pois já havia corrido a imensa sala e saído de casa batendo a porta. Um carro já estava a sua espera no jardim, a limosine que estava sempre a sua disposição igualmente com o motorista, por ordens de seus pais.
Deu bom dia para o motorista e sentou-se no banco de couro acendendo um Malboro Light; abaixou o vidro e acenou para a empregada pela qual havia passado correndo.
Aquele era mais um dia comum na vida da Amely.


Continua.






P.S: Eu tava com a ideia desse capítulo com mais uns detalhes extras. Mas tô tão cansada (pra variar) que vou deixar assim mesmo.

Por, CamilaLemos .

sábado, 21 de agosto de 2010

'Passado o passado, acho que eu mesma esqueci o tom. Da primeira vez, quem sugeriu, eu sei, eu sei, fui eu. Da segunda quem fingiu que não estava ali, também fui eu. Eu fico esperando o dia que você me aceite como amiga, ainda vou te convencer. Eu sei. E concluo: a gente segue a direção que o nosso próprio coração mandar. E foi pra lá, e foi pra lá.'


'E olhando em volta de mim eu tenho que dizer que não poderia ser melhor. De todos os perrengues, de todas as lutas - internas e externas -, de todos os corações partidos e vontades agudas depositadas em caixinhas com fita de setim; eu acabei por sair ilesa. Acabei me tornando alguém muito mais cética, mas ao mesmo tempo mais pé no chão e bem mais madura.'


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

[a rose without a thorn] Three .


King deitou-se na relva molhada e fitou o céu pelas brechas da copa da árvore. Pôs a mão sob a cabeça, e ficou a ver um passarinho que construia um ninho em um dos galhos mais baixos. Uma borboleta azul posou em seu peito e ficou ali por segundo até que levantou vôo de novo. Mesmo com os olhos abertos, a única coisa que ele via era a Amely.

Estavam em um quarto de paredes brancas, teto muito alto e chão coberto de um carpete beje claro. Haviam cortinas cor de vinho que encobriam a grande porta de vidro que dava para a varanda. De fora desta, se podia ver uma longa extensão de grama verda, no qual no meio desse espaço havia um bela piscina que refletia uma água azul límpida.
Naquele momento as cortinas estavam entreabertas, deixando-se ver o sol que se punha lá fora. Pela luz crepuscular do quarto, King podia ver o corpo nu de Amely deitado ao seu lado. O braço esquerdo dela estava sobre o seu peito, enquanto o direito estava estre o rosto e o tavesseiro. Um edredom cobria o corpo dela até a cintura, deixando amostra a suas costas brancas e seus longos cabelos loiros. Ela o olhava com aqueles grandes olhos cor de mel, não tão claro como os dele, mas o suficiente para contrastar com a pele clara. Ela sorria com aquele sorriso dissimulado que só ela era capaz de fazer, como quem guarda a respesta de uma piada que alguém está tentando adivinhar.

King puxou-a para mais perto do seu corpo e fitou o teto.
- Gosto de sentir seu coração batendo. Ele bate tão forte que não consigo dormir. - Disse Amely repousando a cabeça no peito de King.
Ele soltou uma risada leve e depositou-lhe um beijo demorado na testa.
- Canta pra mim? - Ela pediu levantando-se e beijando-lhe os lábois de leve; e voltou para posição em que estava.
- O que você quer que eu cante?
- Qualquer coisa. Só quero um dia poder fechar os olhos de novo e ouvir sua voz cantando em meu ouvido.
Segundos depois, após um pigarreado, King aproxima sua boca do ouvido dela:
- "Já conheci muita gente, gostei de algumas garotas, mas depois de você os outros são os outros. Ninguém pode acreditar na gente separado. Eu tenho mil amigos, mas você foi a minha melhor namorada... São tantas noites em restaurante, amores sem ciúmes. Eu sei bem mais do que antes sobre mãos, bocas e perfumes. Eu não consigo achar normal meninos do seu lado. Eu sei que não merecem mais que um cinema com minha melhor namorada..."
Amely riu das adaptações feitas e da música escolhida.
- Sua vez... - Ele lhe disse retribuindo o sorriso.
- Você sabe o quanto sou péssima nisso.
E de fato King sabia que a Amely não conseguia cantar um acorde sequer no tom.
- Amo você. - Ela escutou logo após sua risada.
Se fez séria novamente, deitou sobre o corpo nu dele e deu início a uma série de beijos que começou pelo pescoço e terminou em sua orelha, dizendo:
- Amo você também!

Ao se dar conta, o passarinho já não estava mais trabalhando em seu ninho, nem havia mais borboleta alguma ao seu redor. Ao se dar conta, percebeu que não haveria mais Amely... nunca mais. Ele teria que se contentar com aquele 'amo você' dito sobre sua cama.


Continua.


Por, CamilaLemos .

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

[a rose without a thorn] Two .


09:30. Era o que o relógio no criado-mudo estava marcando. Amely levantou-se as pressas para aquela manhã de primavera, ainda com sono e resquícios de maquiagem da noite anterior. Correu até o banheiro e enfiou-se debaixo do chuveiro; lavou os cabelos para tirar o cheiro de cigarro, escovou os dentes para tirar o cheiro de álcool. Pegou o primeiro vestido que viu jogado em cima de uma poltrona. Aquele de cor azul-claro que caia tão bem naquela pele branca. Refez a maquiagem e pôs saltos altos. Correu até a gavetinha do seu criado-mudo e de lá tirou uma caixinha preta. Metade do que havia dentro desapareceu em uma aspirada só, o resto ela pôs em sua bolsa e saiu porta afora.

Teve que andar a passos largos, quase correndo. O lugar que havia marcado com o King não era muito longe. Ela teria que resolver isso logo se queria chegar a tempo para o almoço com o Cho.
Logo logo a relva clara e molhada foi surgindo a sua frente, mais laguns metros e já dava para ver o King sentado na grama sob uma árvore robusta. Desapressou os passos, toda essa correria a essa hora da manhã já a estava deixando cansada.

King tinha os olhos de um castanho muito claro e os cabelos já não tão claros. Ele supostamente era o cara que qualquer garota gostaria de conhecer; inteligente, bonito e dono de um status social formidável. Seu nome verdadeiro era Robert, mas a Amely o chamava de King pelo fato dele quase ter roubado seu coração.
Mas a Amely não era uma garota qualquer; se ela tinha tudo, então ela queria mais.

Houve-se dois segundos de hesitação na qual ela agachou-se do seu lado e tocou-lhe os cabelos desgrenhados. Ele parecia um tanto assustado, outro tanto magoado e mais um tanto triste. Claro que ele percebera que ela estava indo embora, ela só não sabia quando havia deixado isso transparecer.
Disse-lhe o que era preciso, sentiu uma pequena dor no coração, e isso lhe era totalmente novo, mas nada forte o suficiente para prendê-la. E como era de se esperar, as mãos de King acabaram por soltar o pulso de Amely que deu-lhe as costas e iniciou seu caminho de volta.
Os seus olhos até se encheram de lágrimas por um instante, no próximo ela estava odiando aquela terra molhada engolindo seu salto.

Continua.



Por, CamilaLemos.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

[a rose without a thorn] One .



Ele sentou-se na grama molhada de primavera. Trazia consigo pensamentos confusos e mãos vazias. Pôs-se a olhar o céu, sentindo dentro de si a ansiedade aumentando. Seu corpo ainda a sentia, seus pelos e cabelos, seu rosto e seu corpo e mesmo ela ainda estando a vinte metros de distância, ele já podia sentir o seu cheiro. Ela era feita de uma mistura de almíscar e flores, enquanto o cheiro dele era feito de relva e tensão. Ela se fazia misteriosa até naqueles pequenos passos, o cabelo solto contra o vento e o vestido colando em seu corpo. Ela era tão menina e tão mulher, era tão tudo para ele.
Ela agachou-se ao seu lado e tocou-lhe os cabelos. Ele tinha um desespero mudo estampado na face e um terror nos olhos. Ela tinha um leve sorriso nos lábios.

- Eu estou indo embora. - As palavras saiam da boca dela sem cerimônia.
- Você está indo embora há muito tempo.
- Você percebeu? - Um brisa de confusão passou por seus olhos para logo desaparecer. - Tanto faz... Adeus. - E começou a levantar-se.
Ele pegou-a pelo pulso obrigando a esperar.
- Vai dizer que o tempo não parou nos nossos momentos? - Sua voz começava a fraquejar. Ele havia jurado tantas e tantas vezes que não choraria e agora parecia que tanto juramento havia sido em vão.
- Parou. Mas foram apenas momentos. - Ela olhava em seus olhos indiferentemente.
- O que aconteceu com o resto?
- Eu o fiz se perder pelo caminho. - Disse dando de ombros.
- Mas como você pôde me perder de vista?
- Eu simplesmente parei de olhar, fechei os olhos... ah sei lá. Você deveria ter mais cuidado por quem se apaixona. - Seus olhos não mudavam de expressão, a indiferença continuava ali. Talvez até maior.
- Você não é quem eu penso, não é? - Suas mãos a soltaram, deixando-a finalmente ir.
- Sabemos que você sabe que não.
- É, eu sei. - ele disse baixinho.
Mas ela já não podia escutar. Estava voltando pelo mesmo caminho que a trouxe até ali. Estava caminhando a favor do vento e mesmo assim o cheiro dela continuava ali.


Continua.


Por, CamilaLemos .

sábado, 31 de julho de 2010

Shining.


- Radiante! Você está radiante.
- É, eu tô feliz! - Ela lhe disse tentando falar mais alto do que o som pesado da música; e esboçou um largo sorriso.
Ele a pegou pela mão, encostou seu corpo no dela; e ela mais parecia uma bailarina rodopiando rodopiando rodopiando em seus braços.


De saída, xoxo!

- CamilaLemos .

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Re-starting.


Ele pegou em sua mão com seus dedos gelados, estrelaçou-a entre seus dedos. Apertou firme, tão firme que quase chegou a doer. Ela não queria olhar nos olhos dele, sabia o que estava por vim. Ela não adimitia estar errada, não queria pedir desculpas, mas queria estar ali, do lado dele. Ele olhou-a esperando seus olhos, mas ela os virou para o chão e sorriu.
- Agora está tudo bem. - Ela disse ainda fitando o azulejo.
- Mas você foi embora e agora do nada volta. Não te entendo.
Ela o olhou, embora já não estivesse mais sorrindo. Mostrou-lhe suas mãos dadas e disse:
- Não fujo mais de você. - Uma promessa que ela fez de cabeça baixa.
- Tudo bem! - Ele sabia, sentia por dentro que ela iria embora de novo. O medo o fazia gelar, mas aqueles olhos... ah aqueles olhos, ele não podia resistir.
- Tudo bem! - Repetiu e beijou-lhe os olhos.


I'll protect you from the truth, won't hear it at all!


- CamilaLemos .

quarta-feira, 28 de julho de 2010

UM BRINDE À FALSIDADE!!!




Eu mijooo, dou muita risada mesmooo.
Como é incrível a capacidade das pessoas de falarem besteiras, de falarem mentiras e de falarem mal de mim!
Certas pessoas ficam bravas quando alguém fala mal dela, mas eu só te falo uma coisa: NINGUÉM INVEJA O FEIO, NEM ODEIA O FRACO! Se tá incomodando é porque o que você tá fazendo não está funcionando, e isso é muito bom. Que tal preservar um pouco da individualidade, isso também conta sabia? Você só pode ser louca ou sei lá, pra estar fantasiando toda essa história que você inventou. De qualquer modo pra você é muito melhor repararem em você do que você passar despercebida, e ainda mais se for por ele. Mas afinal de contas na sua cabeça é só: 'falem bem, falem mal, mas falem de mim!' Né?!
Eu guardo pra mim só o que for bom, só as críticas construtivas, o resto eu jogo fora!

E se você fala mal de mim, eu nem esquento, inimigo é bom ter por perto ;) Se aquela sonsa lá fala mal de mim, é porque eu sou muito melhor que ela. Porque ela tem uma vida pra cuidar, mas se ela tá cuidando da minha é porque ela queria que a dela fosse desse jeito.

Eu quero é que tudo mais vai pro inferno!
Minha vida tá tãoo boa, você pode fazer a macumba que for, aqui não pega. Você pode falar o que for, aqui não tem vez.
Pare de ficar ai se importando comigo, eu não me importo com você e nem com o que esta fazendo (é, eu sei sim), então não perca seu tempo.
Nada de mau que você desejar a mim vai acontecer, porque eu não vou deixar e lembresse que TUDO QUE VAI, VOLTA!!! Hoje nada vai me abalar!!


Pode se sentir importante, esse post é todinho pra você. E como sabemos você vem sempre aqui. Delicie-se!

Se ligue, um dia você cai e essa queda vai ser feia. E tenha certeza eu farei questão de fazer com que fique pior. Vai se arrepender do dia em que pensou que podia ferrar comigo!


- CamilaLemos.



sábado, 17 de julho de 2010

The end.



Abaixou os olhos lentamente para a grama, encarando-a sem nada ver. Sua cabeça estava em um redemoinho de pensamentos, amizades, intrigas e invejas. As lágrimas não caíram. Não, não dessa vez. O vento frio agora era insuportável naquela hora da noite. Ela fechou as janelas do carro olhou para ele e quando ia começar a falar se calou, sorriu e olhou para a grama novamente. Não se sabe ao certo quando tempo se passou, às vezes ela acha que foram dez segundos, às vezes ele acha que foram 10 minutos. Ao final desse tempo ela o olhou novamente:
- As coisas não são do jeito que você acha que é - disse ela tranquila.
- O quê não é do jeito que eu acho?
- Nós. A nossa história...
- Porquê? Não entendo.
- A vida nos prega peças. As pessoas nos pregam peças e cabe somente a nós decidir se queremos ou não atuar no teatro de alguém.
- No teatro de quem estamos atuando?
Novamente ela voltou os olhos para a grama a sua frente. O pára-brisa do carro a fazia parecer artificial assim como a sua vida quando agora olhada de outro ponto de vista. O ponto de vista da realidade. Ela sorriu. Não que achasse graça dos acontecimentos. Ela achava graça de si mesma, achava graça em ter sido a protagonista de uma peça e nunca ter percebido, achava graça que coisas de filme podessem acontecer na vida real, achava graça que seu conto de fada foi desfeito pela bruxa malvada e seu fiel ajudante, achava graça sobretudo que é somente na vida real que o príncipe encantado termina com a bruxa malvada. Ela o olhou nos olhos, sorriu e o beijou. Abriu a
porta do carro e saiu para encarar a chuva que caia lá fora. As gargalhadas surgiam enquanto ela dançava na chuva.






As pessoas só acreditam no que veem. É fato.

- CamilaLemos .

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Take out of the heart...


Desapegar-se.
As pessoas não dizem por ai que o que é realmente seu nunca se vai para sempre?
Então, pra que ficar prendendo-se a coisas que não lhe fazem bem, pra que ficar sofrendo e não deixar partir.
Nunca irá saber se realmente pode viver sem aquilo se não deixar ele se ir por um dia, um mês, um ano. Até mais se conseguir. Não havia uma época em que você podia muito bem viver sem aquilo? Podia sim.
Você não nasceu presa a ele, e nem vai ficar a vida toda esperando para libertar.
O tempo lá fora está correndo e você ai sozinha sofrendo.
Liberte-se, quem sofre com tudo isso é você. Jogue fora as coisas que te façam mal, não tente recicla-las e torna-lás validas, se elas te fizeram mal uma vez, vão continuar fazendo agora. O que te faz pensar que elas mudaram?
A roda ta girando, as pessoas estão se enganando.
Estão sofrendo por coisas bobas, não estão sabendo deixar tudo fluir como deve. Querem segurar. Querem agora, querem já.
Deixa o tempo correr, sacuda a poeira, vire a pagina, pule duas, vire o disco e as coisas só tendem a melhorar.
Liberte-se, se de uma segunda chance.



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segunda-feira, 12 de julho de 2010

domingo, 11 de julho de 2010

Patience.


A vida está me ensinando um dos seus dons mais preciosos: a paciência. Confesso que não vai ser fácil, sei que vou pensar em desistir e sei que vou formular provas prara mim mesma a fim de fazê-lo; mas também sei que vou aguentar o necessário.
- A gente é o que a gente faz. - Passei a noite repetindo e me dando conta do quão verdadeiras essas palavras são.
Dormi em uma das dezenas de vezes em que eu enrolava e desenrolava o novelo que tem como fio a minha vida. Começa com um fio esbranquiçado aos poucos se torna um rosa bebê, daí puxando para o vermelho carmim para acabar em um azul sem graça. Mesmo que eu tente mudar os tons, mesmo que eu pegue um pincel e colora cada parte com a cor certa, eu sei que não vou mudar muita coisa. Certos fatos são para acontecer e aonde isso vai levar só o tempo (é, o maldito tempo) nos diz.
Na manhã seguinte ao acordar eu ainda tinha a palavra PACIÊNCIA estampada no pensamento.


- CamilaLemos .

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Who really am I?


Andei me sentindo meio Blair Waldorf por meses. Depois parei, pensei, realizei e reinventei; desde então eu estava mais pra Vanessa Abrams do que algum dia eu já fui em minha vida. Mas de repende, como se eu saisse de um estado de choque, melhor, como se alguém tivesse me tirado desse estado eu me vi como a Georgina Sparks na sua mais célebre atuação. Nesses últimos dias eu estou mais para Jenny Humphrey. Sendo mais precisa: essa semana eu me sinto como a Jenny Humphrey em 'Last tango than Paris'. Mas meu desejo era ser como a Dorota. Sei que é uma coisa meio estranha de desejar, mas ela tem tudo o que eu quero, na medida que eu quero.


- CamilaLemos .

sábado, 3 de julho de 2010

Angry.


Nem tenho mais paciência para esse tipo de infantilidade. Só tenho uma coisa a dizer: ao invés de perder tempo falando de mim e vendo meu fotolog todo santo dia porque não vai fazer um curso de português, você tá precisando.
Deixa de se importar comigo um pouco e viva a sua vida, querida. Eu estou bem e pouco me importa se você acredita ou não. Da próxima você pode falar diretamente comigo, eu juro que não mordo! Eu sempre soube que eu tinha uma audiência enorme aqui. Seja pelas pessoas que querem saber da minha vida, seja pelas pessoas que não gostam de mim e até por pessoas que copiam o que eu escrevo. Copie o quanto quiser isso só me mostra o quanto escrevo bem.

Tô dodoi. Muito dodoi.


- CamilaLemos.


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Thougths


Não importa quanto tempo passe, as coisas sempre voltam a ser o que eram. Podem ser por apenas um dia, uma hora ou um simples pensamento que passa na cabeça quando menos esperamos. Não importa quanto tempo giremos ao redor de nós mesmos e nos lembremos dos que já se foram, dos que estão presentes e dos que estão por vir. Acredite, não importa o que você lembre do passado, o que queremos guardar do presente ou o que sonhamos para o futuro; as coisas sempre voltam a ser o que eram. Sempre voltam a ser o que querem ser e não o que queremos que sejam. Às vezes voltar a velhos lugares nos trazem lembranças que já estavam guardadas bem no fundo de uma gaveta empoeirada. A única coisa que podemos fazer é não se deitar na cama que nos mesmos fizemos.

Desde sexta aqui em Caruaru. Aproveitando cada segundo as velhas lembranças e o melhor de tudo, fazendo novas. Esse São João está sendo tudo que eu esperava.

tô bem demais!

- CamilaLemos .

sábado, 12 de junho de 2010

Being me .


É tão bom sair, dançar e acordar sem que alguém esteja roubando constatemente a cena nos seus pesamentos.
Dia dos namorados hoje? Pra mim parece um dia qualquer. É delicioso quando o coração aprende a não se importar.
Parece que estamos vivendo um época de crise, brigas conjugais, fins de namoros. Sério mesmo. Quantas pessoas não terminaram seus relacionamentos de seis meses pra cá? E você que está aqui nesse momento pode ser uma delas, e eu acho que é. Mas o ponto é: quantos de vocês conseguem passar por isso e superar? Eu digo que não é fácil, mas também digo que é muito bom estar do outro lado. Do lado que não se machuca mais, não importa o que aconteça. Às vezes a gente pensa que não vai superar, que vai cair morto ali a qualquer momento. A gente pensa que não pode lidar com isso até que um dia a gente percebe que não há mais com o quê lidar. Não é que os sentimentos tenham ido embora, mas uma hora ou outra eles mudam ou simplesmente a gente consegue ver o que o amor andanva nos cegando.
Às vezes eu tenho medo que isso seja só uma fase, que acabe. Mas quanto mais os dias estão passando melhor eu fico. Eu nunca pensei que podesse abrir mão disso. Mas sendo a única alternativa que tenho, eu posso. Eu posso.

São João da Capitá ontem foi bom. No final de semana eu estou indo pra Caruaru sem data pra voltar. Eu vou me aproveitar.
Soube que a Favip vai abrir inscrições pra 2010.2, mas a pergunta é: Será que eu ainda preciso disso? Estou começando a achar que não :}


- CamilaLemos .

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Heppiness - 11 de Junho de 2010



Ontem saí. Tinha que sair. Tinha que ver as pessoas correndo. Correndo para chegarem onde elas não queriam estar. Eu tinha que dar boa noite ao motorista, tinha que caminhar todas aquelas ruas, tive que derramar lágrimas. Eu tive que comer doces, eu tive que rir, eu tive que brincar, eu tive que cair na gargalhada. Eu tive que chegar em casa tarde, eu tive que não dar boa noite a ninguém, eu tive que escrever aqui, tive que dormir mais cedo do que de costume.
Eu pensei que eu faria tudo isso mecanicamente, com a cabeça envolta nos pensamentos, com um olhar perdido. Mas não, fiz tudo isso conscientimente; com meus olhos olhando pro final da rua que é onde eu queria chegar. Doeu, chorei, fiquei mal; mas é o tipo de coisa que não vai me fazer cair dos degraus que eu consegui subir até agora.
Quando deitei fiquei pensando quão acabada eu acordaria, quão devastada eu estaria, em quantas migalhas eu teria me transformado. Fiquei pensando que às vezes é um choque dos diabos acordar; e eu queria dormir até que o tempo tivesse passado. Mas a história foi outra. Eu acordei outra. É tão estranho sentir isso, é tão estranho dizer isso: "eu tô bem"! E não estou bem só por estar, eu realmente estou bem. Algumas coisas ainda ficaram em mim, não sei por quanto tempo, não sei se pra sempre. Tem coisas que o tempo não apaga mesmo. Nem sei quanto tempo vai durar esse meu bem estar, talvez até eu terminar de escrever, talvez até o fim do dia, talvez quando eu acordar ele já tenha ido embora. Quem sabe dure um mês, dois, um ano, três...
O que me importa é o momento, é o agora, e por hora eu quero aproveitar esse meu estado de leveza. Ninguém consegue ficar bem só desejando, se fica bem quando o coração aceita ficar bem. E não há nada, acredite em mim, não a nada com que você possa suborná-lo.Hoje eu estou com vontade de tudo, com vontade do mundo. Eu já estive no seu lugar, acredite. E eu sei quão pouco amor nos temos nessas horas e nas horas que virão. Eu já estive em tantos lugares, em tantos lados; mas agora eu estou do meu lado, somente do meu. Os melhores amores a gente não encontra, a gente esbarra. Eu sei que vocês concordam comigo.
Por hoje chega, não quero desgastar esse meu estado. Eu quero aproveitá-lo. Mais tarde tem São João da Capitá.


e ai quando você deixa pra lá, vai indo pra lá, vai indo, indo... até que fica lá e você perde de vista.





- CamilaLemos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Remember me




Qualquer coisa que você faça será insignificante, mas é muito importante que você o faça. Você pode não saber qual é o significado da sua vida, e não precisa. Precisa apenas saber que ela significa alguma coisa. Toda vida tem um significado, mesmo que dure 100 anos ou 100 segundos. Toda vida tem. E cada morte, muda o mundo do seu próprio jeito. Ghandi sabia disso. Ele sabia que sua vida significava alguma coisa para alguém, em algum lugar, de alguma forma. E ele sabia com muita certeza que ele jamais saberia o significado dela. Ele entendeu que viver a vida, deve ser mais uma grande preocupação, do que um entendimento. E eu também.
Você pode não saber, então não leve isto por certo, não leve isso muito a sério. Não adie o que você quer, não deixe que nada o impeça. Apenas tenha certeza, de que as pessoas com que você se preocupa saibam. E tenham certeza do que você realmente sente, porque só assim tudo pode acabar.



terça-feira, 1 de junho de 2010

Abrindo as minhas janelas.

Abrindo as janelas do meu sorriso e do meu choro. As janelas do meu coração e da minha mente. Da minha alma e dos meus sentimentos. Porque não? Afinal de contas são só janelas.

- CamilaLemos .