domingo, 5 de dezembro de 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

memorando !


Havia um garoto que era apaixonado por livros... por toda a vida dele, vivia lendo todos...
Havia os de ação, ficção, os nostálgicos, os dramáticos, suspeense...
Livros curtos, livros longos, aqueles portáteis, os maiores...
Até que um dia, ele achou um livro dourado, daqueles que você quase nunca encontra na vida
Após ler o livro, ele amadureceu, tornou-se mais inteligente, aprendeu o que realmente era a vida...
O tal, tornou suas idéias em fórmulas, capazes de clarear todos os seus problemas..
Passou 3 meses da sua vida lendo aquele belo e contagiante livro...
Porém, quando ele terminou sua leitura
Abriu-se um vácuo no seu coração, onde se arrependeu pelo resto de sua vida de tê-lo lido.. pobre garoto
A angústia, o arrependimento, a tristeza dominavam sua alma.
A angústiva lhe afinetava, como agulhas no coração
O arrependimento, parecia infiltrar-se como uma bala, que atravessava o límpido ar e agredia o seu sangue
A tristeza, a cada dia, criava e tornava-se o seu caixão, seu abismo, seu sofrer...
Apesar de tudo, jurou a sí mesmo que nunca iria ler um livro igual.
Jurou continuar com seus costumes, com seus simples livros de tradição e clichê.
Após alguns meses, encontrou outro livro dourado
Esse mais fino, novamente agradável, parecia ter sido lido por grandes leitores, e apreciadores
Seu valor, era incalculável... fato que incomodava muito.
Tinha seus mesmo aspectos, trouxe utopicamente sua alegria de volta.
Seu brilho, sua alegria de viver, sua pernas, seus ossos, seu sangue límpido
Tudo parecia voltar aos costumes.
Mas, como dito, seu valor era incalculável...
Leitores internacionais, e donos, levaram seu livro dourado.
pobre garoto...
Novamente um simples livro, o abandonara.
Por momento, o garoto concluiu...
Na vida, sempre teremos aqueles livros, os monótonos.
Aqueles que você lê e gostar ou não gostar, é indiferente
É indolor, é incolor, não afeta, nem desafeta, não apega nem desapega...
É somente uma leitura, uma simples leitura.
E há aqueles, que você se encantará, vai ter a vontade de aprofundar-se, de pertencer áquela história
De viver os personagens, de decorar cada cena e atuar para sí próprio, onde o coração, determina seu compasso, seus passos.
De novo, após meses... O garoto encontra um outro livro
Esse, diferente...
Uma cor fora do padrão, não sabe se é roxo, se é rosa, se é dourado, se é bronze...
Suas letras, difíceis de entender, hieróglifo, japônes, russo, chinês...
Sua capa, é um sorriso. Tão encantador, tão brilhante, tão aconchegante, contagiante...
Só de olhá-lo, ele próprio sorria para sí mesmo, sem nem se importar com o que existe dentro.
De fato, aquele menino, que tanto entendia de livros, achara uma raridade...
Seu prefácio, seu tecido, é tudo muito diferente.
Sentia ele, uma alegria nunca vista por sí próprio antes.
É um livro que vale a pena, vale a pena o estudo, vale a pena o conhecer
Não se sabe o final, o meio, o clímax...
O que se sabe, é que seu início, cativa seu sangue e seu coração contínuamente.
O meio e o final, é conta do destino.

[André Azevedo]


-

Eu sempre fui de escrever e não de ser escrita!
Até que eu fico bem em estórias =)




- CamilaLemos .
 
 
 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

estranhamente singular,

E cada um tinha partes de seu cheiro.
O mecânico da esquina tinha seus lençóis ainda quentes, toda sua luxúria de mulher;
O futuro senhor tinha sua ambição, só ambição entendeu?
Ha, o fazedor de peões tinha a sua alma, tinha paixão, tinha seu corpo noite ou dia, embora preferissem as madrugadas sem culpa.
O traçador tinha seus sonhos amargos de mulher que ela escondia sob o travesseiro, sob outros mandamentos.
O marquês, porém, tinha a infelicidade de acreditar em seur bordões, em suas suposições.
Os soldadinhos corriam a sua volta à espera de uma migalha de suor.

Todos a escodiam em seus porta malas, baús, quartos, criados mudos, não importa... ela era suas salvações de homem e suas perdições amorosas, duplipensantemente pensando.


- CamilaLemos .



O que será que você me traz por debaixo de suas mangas?

domingo, 21 de novembro de 2010

meu bem,



Vem, meu bem, olha pela minha janela, vê aquelas rosas azuis aveludadas logo ali? E aqueles girassóis nascendo? Ah, você necessita ver o desabrochar das damas da noite. Meu bem, você precisa estar aqui quando aquela gloriosa flor de mandacaru se abrir. Ela desabrocha somente por uma noite e na manhã seguinte se apaga. É nessa noite, meu bem, que eu te quero bem aqui... ao pé da minha cama, debruçado por sobre essa janela, naquele seu jeans surrado de preferência. Seus braços em volta da minha cintura.
Depois, meu bem, nós contaremos as entrelas. Eu te mostrarei as constelações, se dermos sorte então, posso te mostrar vênus, ah é tão bonito.
Meu bem, eu bem sei que você já chegou, que está a minha porta no andar de baixo. Mas eu te peço, meu bem, não entre agora não, me deixe tomar um banho, me vestir naquele vestido azul que você tanto gosta, por a comida na mesa. Meu bem, você pode esperar de pé, não demorarei; enquanto isso você pode rever aquelas fórmulas matemáticas que você tanto gosta ou talvez apreciar a lua que hoje está tão cheia.
Meu bem, logo logo serei sua de muito bom grado.


- CamilaLemos .

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

levando a mão ao coração, suspirando.



todo mundo anda meio bobo, meio machucado, meio grávido. pouco feliz, atarefado, a procura de namorado. meio sonâmbulo, meio chato, faltando cabelos.
tudo mundo anda meio criminoso, meio descarado, muito cansado.

agora você pergunta como eu ando, e eu respondo.
ando com os olhos meio abertos, músicas nos ouvidos, números nas mãos. ando analisando, com uma feia mania de xingar, de sorrir. ando serena, meio exausta e um tanto desaforada. ando feliz sabe, com os pés doloridos e neurônios começando a falhar. ando de canto em canto, de encando em encanto, ando bem.




- CamilaLemos .

sábado, 23 de outubro de 2010


“Não tenho tido muito tempo ultimamente mas penso tanto em você que na hora de dormirvezenquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos”

- Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

roubando os sentidos.


Ele a aninhou em seus braços no sofá pequeno. Estava de costas para a tv ligada no canto da sala. O cabelo loiro dela jogado por cima do seu ombro. A mão de unhas vermelhas repousada em seu rosto, quente.
- Eu te adoro, porra. - disse ele beijando-lhe a testa.
- Eu também, carai. - disse ela beijando-lhe a boca.

As palavras que antes foram despedida, agora prediziam começo.


- CamilaLemos .




a alma chama e eu me jogo de cabeça, feliz.
sempre contadoradehistoriias .