segunda-feira, 30 de agosto de 2010

[a rose without a thorn] Six .


Cho estava parado em seu Hyundai preto de vidros fumê, diante do semáforo às quatro horas da tarde. Ele estava voltado da casa da Marie, completamente irritado. Agora era assim que ele ficava todas as vezes em que a via. Ele gostava dela, não havia dúvidas, mas todo aquele drama que a Marie costumava fazer acabava com o encanto dele.

Ele estava de vidros abertos, cabeça recostada no banco e um Carlton na mão. Entre idas e vindas do cigarro à sua boca, seus olhos se depararam com alguém bastante familiar parada na calçada. Ele ficou a olhar, aquelas longas pernas brancas em um shortinho preto, os braços nus contrastando com uma blusinha azul, saltos alto e os longos cabelos loiros voando ao vento.
Era impressionante como a Amely ficava tão linda de azul. Depois de segundos, que pareceram minutos vendo aquela miragem a passos lentos, Cho tocou a buzina, o que fez ela olhar para ele. Amely parou onde estava, no meio da rua, e ficou a olhá-lo sem nenhuma espressão no rosto avermelhado de sol.
No semáforo a luz vermelha deu lugar a luz verde, e os carros começaram a buzinar para ela. Cho fez um sinal com a mão, convidando-a a entrar no seu carro. O barulho a tirou do estado de inespressão, e ela correu até o carro, batendo a porta ao entrar.

Quando ela sentou-se ao seu lado, Cho logo sentiu seu cheiro de Almíscar misturado com um cheiro de shampoo de um cabelo recém lavado. Amely estava ainda mais linda do que há quase um ano atrás. A franja loira caia por sobre seus olhos, ele levantou a mão para afastá-la e deu um beijo em seu rosto como cumprimento. Ele lhe oferece um cigarro, que ela logo aceita e acende com seu isqueiro.

- Senti sua falta. - Disse Cho dando um sorriso.
- Você? Sentindo falta de alguma mulher? Humm... até parece. - Disse Amely cética, olhando para a frente e cruzando as pernas.
Cho sabia que ela tinha razão, isso era algo difícil de acreditar; mas ao vê-la ele percebeu que realmente sentiu a falta dela, nem que fosse um pouco, mas ele sabe que sentiu.
- Como está a Marie?
- Como você está? - Cho retrucou com outra pergunta desafiadoramente, como sempre costumava fazer.
- Bem.
- Soube que você está com o cara da Boate.
- Robert.
E se faz um silêncio incômodo dentro do carro, até que Cho o interrompe.
- Olha, desculpa. Eu sei que eu não fui muito legal com você quando estávamos juntos, mas você sabia desde o começo quem eu era. Como eu era. Eu não tinha a intenção de magoar ninguém, só queria que nos divertíssimos e você sabe que o fizemos, Am. Foi ótimo o tempo que passamos juntos, mas você sabia que não era a única, e você nunca reclamou. Eu senti sua falta, de verdade!
Amely permaneceu em silêncio. Quando Cho a inquisitou com os olhos, ela finalmente falou.
- Eu fico na próxima esquina. - Ainda mantendo os olhos à sua frente.
- Am ... - Cho começou a falar.
- NA ESQUINA, CHO! - Gritou Amely interrompendo-o.
No local falado, Cho parou o carro e destrancou a porta. Amely desceu do carro sem olhar para trás, bateu com força a porta e saiu andando na direção contrária do carro.
Cho estava prestes a ligar o carro novamente, quando, de relance, viu no banco ao seu lado, aquele em que a Amely estivera sentada, um cartão branco com rosas rosas e letras pretas. Era o cartão da Amely com seu telefone. Cho sorriu e olhou pelo retovisor. Lá atrás estava uma garota de shot preto e óculos escuros sorrindo e acenando, antes de virar as costas e ir embora de mãos dandas a um cara de cabelos castanhos-escuros. Certamente aquele era o Robert.

Cho recostou-se no banco e ficou a fitar o pedaço de papel. Pôs-o dentro da carteira e deu partida no carro. Ele sabia que a Amely o deixara ali.



Continua.


Por, - CamilaLemos .


3 comentários:

  1. Foi vc mesma que escreveu? Nossa, to impressionada. Vc escreve muito!

    Mila.

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  2. hummm, tô acompanhado agora! *-*

    Gostei!

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  3. TUDO BEM CAMILA?

    O QUE ABUNDA EVENTUALMENTE, ESCASSEIA.

    Este é um título perigoso, pois a colocação da virgula é tão imprescindível como a vestimenta de um astronauta, nas suas viagens espaciais.

    Mas, indo objetivamente ao assunto e sem maiores churumelas ou subterfúgios , sempre gostei muito de pássaros , mantenho as gaiolas absolutamente, limpas, comida farta e água renovada.

    Antes, não suportava a idéia de admitir um pássaro em cativeiro, com todo o espaço do mundo à sua disposição, o céu azul infinito e ele ter que ficar trancafiado.

    -Como minha senhora? A senhora se sente assim, no seu casamento?

    Perdoe , mas contente-se ao lembrar que um astronauta dentro da cápsula espacial ...

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    UM ABRAÇÃO CARIOCA.

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